Velho sobreiro

 

De vós, todos vi nascer,
E muitos mais, dos quais
Hoje só a saudade.

Sou ramagem a acolher
Dores, fadigas, vozes, cantigas,
Velhice e mocidade.

Sou vosso! No choro e no riso,
Na descrença como na na fé;
Sou de Guisande, monte do Viso !
Sou até que, enfim, morra de pé.

 


Américo Almeida

Sem comentários:

Enviar um comentário

O autor optou por moderar os comentários.