A minha aldeia é o meu corpo.
Agreste,
Rústica,
Enlevada.
Os seus lugares são os meus órgãos
Vitais,
Iniguais,
Desiguais,
Mas carne da minha carne,
Essência da minha ciência.
A sua gente
É a minha memória:
A do passado,
Do presente,
Do futuro ausente.
A sua ribeira é a veia
Mais grossa,
Caudalosa, fluida,
Levando vida
A cada parte minha, para depois,
Generosa,
Fugir de mim
E de novo irrigar
Mais corpos,
Mais vidas.
Américo Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário
O autor optou por moderar os comentários.