De novo Natal


Na minha aldeia
O Natal voltou a desabrochar,
A florir como flor tardia
De uma Primavera de geadas.


O fumo, cinza de prata,
Voltou a ondular pelas velhas chaminés,
Almas vadias de troncos defuntos.


A mesa pariu
A abundâncias das coisas doces.
As travessas voltaram a abarrotar
De bacalhau, batatas e couves do nosso campo.


As nossas almas ficaram mais cheias,
Mais solenes,
Mais embriagadas
Deste espírito,
Deste Natal.
 


Américo Almeida

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