Densidade,
Húmida obesidade
Das manhãs da minha aldeia
Chove friamente,
Como a gente
Quando chora.
MANHÃS FRIAS
São frias as manhãs dos meus dias,
De névoas densas,
De uma melancolia enevoada.
São frias as manhãs do meu acordar.
PRIMAVERA
Dos ramos despidos,
Despojados pelo Outono,
Irrompe a seiva
Verdejando meus olhos,
Que, assim, humedecidos,
Despertam do sono,
Também o da floresta nua,
Como a fumegante leiva
Arrancada p´la charrua.
O TEU SABOR
Gosto do teu gosto;
Não gosto de gostar,
Mas gosto de sabor.
O sabor de saborear
O gosto do teu sabor.
Américo Almeida
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