Domingo de Outono

 

Voltei a subir aos montes da minha infância
E percorri velhos caminhos,
Trilhos de sombras e murmúrios das águas.

A brisa dos meus passos quando menino,
Afagou de leve o meus rosto de homem,
Deixando neblina na forma de lágrimas.

Calcorreei tojo, silvados e subi ao velho carvalho,
Brinquei às escondidas na sua gasta folhagem
Tão quente como as suas cores.

Ouvi os gracejos do melro preto
E avistei o pisco de peito ruivo.

 


Américo Almeida

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