Bem sei que não te conheço.
Distingo apenas o teu rosto,
O teu olhar, sorriso e feições.
Sei a cor do teu cabelo
E decifro à distância o teu perfume,
O teu odor.
Adivinho o teu caminhar,
Os teus tiques,
O teu ondular.
Contudo, é tudo;
Fora isso, não te conheço
Poque não te fiz minha,
Porque não quis conhecer o teu ser.
Estive às portas do teu corpo,
No limiar da tua alma,
Mas não entrei.
Meteu-me medo o escuro que antevi
E recuei, amedrontado,
Para fugir, sem olhar p´ra trás.
Por isso, não te conheço,
Somente te desejo,
Assim:
Mulher,
Imagem,
Objecto.
Américo Almeida
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