O meu mundo

 

Anda,
Vem ouvir as minhas histórias,
Ler os meus poemas,
Ver os meus quadros.

No meu mundo
A terra respira,
As pedras têm alma,
As árvores coração.

Murmuram as águas
No silêncio morno das noites estivais,
Gemem os ventos
Na alva frieza das manhãs de Inverno.

Os caminhos,
Gastos de percorridos,
Abrem-se às aventuras
De quem neles entre de mansinho.

No meu mundo
Não há duendes,
Ogres,
Unicórnios,
Bruxas,
Demónios.
Não há feiticeiras,
Princesas encantadas,
Fadas-madrinhas,
Dragões, gigantes ou anões.

No meu mundo só cabes tu,
Como essência
Da inocência,
Da real irrealidade.

Tu és o meu mundo,
O alfa e o ómega do meu querer,
Do meu saber,
Do meu existir,
Do meu resistir.

 


Américo Almeida

Sem comentários:

Enviar um comentário

O autor optou por moderar os comentários.